SC 3. trajecto da espinocerebelar dorsal – Percurso
Quando os axônios 1a, 1b e II entram na medula espinhal mergulham na massa cinzenta da corneta dorsal até atingirem a sua base. Um investigador chamado Rexed dividiu a matéria cinzenta da medula em camadas ou laminas, e a base do corno dorsal é chamada de lamina VII. Dentro desta lâmina nos segmentos espinhais C8-L3, E APENAS A ESSE NÍVEL, existe um grupo celular muito distinto chamado CLARKE’S NUCLEUS OU COLUMN. As fibras 1a, 1b e II terminam nas células do núcleo de Clarke. De lá, as células do núcleo de Clarke enviam axônios para o funiculus lateral IPSILATERAL onde se localizam dorsal e lateralmente. Estes axônios compõem o TRATO DORSAL SPINOCEREBELLAR (DSCT). As células de origem deste trato encontram-se no núcleo do IPSILATERAL Clarke. O trajeto passa rostralmente no funículo lateral e termina dentro do CEREBELO IPSILATERAL. Como as fibras das células da coluna de Clarke entram no DSCT e sobem, elas são organizadas de tal forma que as fibras mais caudais ficam lateralmente dentro do DSCT, enquanto a mais rostral (C8) fica medialmente dentro do DSCT. Compare isto com o sistema de coluna dorsal e ALS.
Para entrar no cerebelo, o TCCD percorre dentro (é um componente do) pedúnculo cerebelar inferior (L., um pequeno pé) ou corpo restiforme. Pense num pedúnculo cerebelar como um feixe de axônios ligando a medula espinhal/tronco cerebral e o cerebelo sobrejacente. Existem três destes pedúnculos. Mais sobre isto mais tarde no curso!!
É uma pena que o núcleo do Clarke não esteja presente em todos os níveis da medula espinhal. Como mencionei anteriormente, ele só está presente nos segmentos da medula espinhal C8-L3. Portanto, se um axônio 1a, 1b, ou II entrar na medula espinhal entre C8-L3, tudo bem!!! Há um núcleo de Clarke esperando por ele e bingo, a fibra mergulha no núcleo e a informação que está transmitindo é retransmitida ao cerebelo (através do DSCT). Entretanto, pense em uma fibra 1a, 1b ou II entrando no nível espinhal L5. Olha em volta e não há nenhum núcleo de Clarke para dar uma boleia. O que você faria se você fosse uma fibra que quisesse obter suas informações para o cerebelo? Pessoalmente, eu passaria rostralmente no fasciculus gracilis (nenhum fasc. cuneatus está aqui!!!) até chegar à L3, onde há uma coluna de Clarke, e mergulhar no núcleo.
E as fibras 1a, 1b e II associadas às raízes dorsais acima de C8? Bem, elas entram no cordão, não têm núcleo de Clarke, então entram no fasciculus da extremidade superior (fasc. cuneatus) até alcançarem a medula caudal, onde sinapse no ACCESSORY CUNEATE NUCLEUS. As células do núcleo cuneato acessório projetam-se ao cerebelo IPSI através do pedúnculo cerebelar inferior (assim como as células da coluna de Clarke).
Cerei que esta é uma tremenda quantidade de informação sobre o DSCT. Alguns instrutores são destemidos o suficiente para falar sobre um trato espinocerebelar ventral. Eu não sou destemido neste momento! Mas você deve saber que você pode ouvir o termo CAMINHOS ESPINOCEREBELLARES em algum momento de sua carreira!