Cochrane
Patientes com doença pulmonar grave, como insuficiência respiratória aguda, podem requerer ventilação mecânica invasiva através de um tubo endotraqueal ou traqueostomia até que sua doença subjacente seja tratada ou estabilizada. Tanto a suspensão precoce quanto o atraso na retirada da ventilação mecânica podem, entretanto, levar a complicações que podem retardar o desmame dos pacientes da ventilação mecânica e prolongar seu tempo de internação na unidade de terapia intensiva (UTI) e hospitalar. Estudos anteriores e revisões sistemáticas sugerem que um protocolo de desmame deve ser implementado a fim de fazer avaliações diárias dos pacientes que podem estar prontos para o desmame da ventilação mecânica. A capacidade de respirar espontaneamente pode ser avaliada com um ensaio de respiração espontânea usando um tubo em T (peça em T) ou reduzindo a pressão aplicada nas vias aéreas para fornecer baixos níveis de pressão de suporte (PS) (5 a 10 cm H2O). Após a remoção do tubo endotraqueal (extubação), os pacientes são monitorizados durante 48 horas. Se durante esse período o suporte ventilatório não precisar ser reintroduzido, isto é tomado para indicar um desmame bem sucedido. Para esta revisão sistemática da Cochrane pesquisamos as bases de dados da literatura médica até junho de 2012 e incluímos nove estudos com 1208 pacientes adultos que estiveram em ventilação mecânica invasiva por pelo menos 24 horas. Os estudos compararam o suporte de pressão (PS) e o uso de um tubo T (622 pacientes randomizados para PS e 586 randomizados para um tubo T). Não houve evidências claras para confirmar que a PS era superior a um tubo T no que diz respeito ao sucesso do desmame, necessidade de reintubação, mortalidade na UTI e outros fatores, incluindo o tempo de internação na unidade de desmame de longo prazo (UTL), pneumonia e um índice respiratório rápido e superficial. Entre os pacientes que receberam PS, um número maior de pacientes teve um ensaio respiratório espontâneo bem sucedido e o tubo da via aérea foi removido. Para resultados de frequência respiratória e volume corrente, a PS foi superior ao uso de um tubo T em dois ensaios. Três estudos relataram que a duração do desmame foi menor durante a PS, e em um estudo em que pacientes submetidos a um tubo T o tempo de desmame foi menor. Devido a limitações no desenho dos estudos e imprecisão nas estimativas dos efeitos, classificamos a qualidade da evidência como sendo baixa. Reorganizamos a pesquisa em dezembro de 2013. Trataremos de quaisquer estudos de interesse quando atualizarmos a revisão.